
O mercado de energia elétrica no Brasil passa por forte expansão. Em 2024, a matriz elétrica brasileira teve o maior crescimento da história. Foram inauguradas no país 301 novas usinas, um acréscimo de 10,85 GW em capacidade instalada, superando a meta da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de 10,1 GW para o ano. Desse total, 85% foram provenientes de fontes renováveis, com geração solar respondendo por 51,9% e eólica por 39,3%, distribuídas em 16 estados. Segundo relatório da ABEEólica/ANEEL, até outubro de 2024, somavam-se 32,9 GW em parques eólicos, 15,6 GW em usinas solares e 32,5 GW em geração solar distribuída. Com uma matriz elétrica de 85% de energia limpa, o Brasil sustenta sua demanda atual de energia equilibrando hidrelétricas com fontes alternativas (como geração eólica ou solar), que exigem isolamento e fixação industrial.
De acordo com um estudo publicado pela BloombergNEF (BNEF), divisão de pesquisas em transição energética da Bloomberg, o país precisará expandir sua capacidade instalada de geração de eletricidade para pelo menos 574 GW até 2050 – mesmo que não atinja a meta ambiental de neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa até o meio do século. Tal dado alerta para a necessidade de investimentos robustos no setor de energia, independentemente do ritmo da descarbonização no país.
Atualmente, o Brasil conta com uma capacidade de 235 GW. Se o objetivo de zerar as emissões até 2050 for alcançado, a demanda energética terá um salto ainda mais expressivo, já que o sistema precisará operar com aproximadamente 842 GW. Os números destacam o duplo desafio de garantir segurança energética e sustentabilidade nas próximas décadas.
Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2034)
O PDE 2034, documento que expõe o planejamento para subsidiar a transição energética do Brasil pelos próximos 10 anos, foi aprovado no mês de abril pelo Governo Federal. Nele, é projetado um aumento de aproximadamente 25% na oferta de energia, o que exigirá investimentos da ordem de R$ 3,2 trilhões para atender tanto à demanda doméstica quanto à exportação. A aprovação do PDE 2034 ainda enfatiza diretrizes internas para segurança energética, eficiência e descarbonização.
O programa também prevê a construção de 30 mil km de novas linhas de transmissão (estações que distribuem energia, como “postos de distribuição” elétrica) e a ampliação de subestações em 82 mil MVA. As concessionárias de distribuição, por sua vez, planejam aplicar R$130 bilhões entre 2024 e 2027 na expansão, renovação e melhoria das redes elétricas em todo o país. Desse total, R$52 bilhões serão destinados a reforçar redes e reduzir interrupções, elevando a qualidade do fornecimento.
Conforme a projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o consumo de energia deverá crescer em média 2,1% ao ano nos próximos dez anos, com ganhos de eficiência energética representando o equivalente a 6,7% do consumo final energético brasileiro observado no ano de 2023.
Todas essas perspectivas indicam uma forte demanda pela expansão da infraestrutura elétrica brasileira e por soluções de isolamento e fixação industrial.
A importância do isolamento e fixação acompanha o aumento da demanda
O isolamento adequado de novos componentes de sistemas de energia (usinas, subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição, incluindo cabos de alta, média e baixa tensão, transformadores e equipamentos elétricos sensíveis) é fundamental para a segurança, eficiência e durabilidade do sistema. Cabos de alta tensão dependem de revestimentos isolantes que evitam perdas por dispersão e protegem contra curtos-circuitos. A expansão renovável intensifica ainda mais esse aspecto: parques solares e eólicos multiplicam os pontos de conexão elétrica, cada qual requerendo proteção contra calor, umidade e agentes químicos. Cada painel fotovoltaico exige cabos DC (Corrente Contínua, do inglês Direct Current) para transportar energia elétrica em corrente contínua; cada conversor de um parque eólico demanda fixadores resistentes a vibração e variedade térmica, etc.
Produtos de isolamento e fixação são essenciais para garantir segurança e durabilidade em todas as etapas: protegem contra curtos-circuitos, umidade e agentes químicos; reduzem perdas elétricas; e minimizam a necessidade de manutenção.
Nesse contexto, crescem as aplicações industriais de termotubos (os famosos tubos termo retráteis) e fixadores robustos, que oferecem isolamento elétrico e térmico para cabos e conexões. Equipamentos como transformadores e barramentos de subestação, que operam em até dezenas de kV, são isolados com espaguetes termo retráteis específicos (suportam, por exemplo, 36 kV e temperaturas de –45°C a 260 °C). Já as malhas expansíveis agrupam e protegem chicotes e condutores contra abrasões mecânicas e elétricas. Além disso, fixadores industriais (como as abraçadeiras) asseguram que fios e componentes fiquem firmemente presos, reduzindo o risco de deslocamentos que causam esforços excessivos nos isolamentos.
Em projetos industriais, cada elemento fixado e isolado corretamente significa menor gasto energético e menor emissão de calor excedente. O aspecto de segurança também é igualmente importante, com materiais certificados pela UL94 retardando a propagação de chamas em caso de incêndio e evitando contatos indesejados para proteger equipamentos e pessoas. Assim, o crescimento do setor de energia reforça a importância de investir em tecnologias e materiais que ampliem, além da produção, a confiabilidade do sistema.
Soluções Termotubos para o setor energético
Desafio | Produto e benefício |
Falhas elétricas e ambientes críticos | Termotubos de alta e média tensão (TBT e TBM) e capuzes termo retráteis com cola (TCE): vedação à prova d’água e adesivo interno. Isolam e protegem terminais de cabos, barramentos e emendas. |
Condições climáticas extremas (raios UV, calor, chuva etc.) | Abraçadeira TermoTie® B70, termo retráteis Viton (T2E) e Teflon (TAW): resistentes a até 200°C e 260°C, respectivamente, garantem desempenho em ambientes agressivos. As malhas náuticas expansíveis (MPE) também protegem cabos contra abrasão e intempéries em projetos eólicos e solares. |
Manutenção e organização de cabos e fios | Organizadores espirais (T66, T68, T69) e abraçadeiras de nylon (B68, B70): simplificam a fixação e o agrupamento de cabos, reduzindo tempo de manutenção. A manta de reparo termo retrátil (TMR) também permite correções rápidas em falhas de isolamento, minimizando paradas operacionais. |
Normas e sustentabilidade | Nossos produtos possuem diversas certificações, tais como RoHS, UL e IEC. O termotubo retrátil não-encolhível (TPO) e a fita isolante BLACKBELT® (FIA/FIC) combinam segurança elétrica e responsabilidade ecológica. |
Suporte à expansão de energia renovável (solar/eólica) e sistemas de transmissão | Os espaguetes termo retráteis semirrígidos TBK oferecem proteção mecânica para tubulações, enquanto as saias termo retráteis TSI/TSR aumentam a distância de fuga em terminais expostos |
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